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sábado, 15 de janeiro de 2011

Programa do Último Emprego


O censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que 10,78% dos brasileiros tem 60 anos ou mais. Numa população de 190.732.694 habitantes, somamos hoje 21 milhões de pessoas da chamada Terceira Idade. E somos uma faixa da população em crescimento acelerado.
Como já é do conhecimento geral, deixamos de ser um “País de jovens”. Segundo as projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde o Brasil deverá ser o sexto país do mundo em contingente de idosos até o ano 2025.
Mas ainda continuamos legislando e vivendo o dia-a-dia como se esta realidade não existisse. E não tivesse seu peso. Por exemplo, a Previdência Social só se preocupa com o fato para achatar a renda dos aposentados já que serão cada vez mais, vamos começar a diminuir a renda deles a partir de agora. Mesmo que tenham pago a vida toda por uma renda maior, não há problema. Afinal continuamos chamando a aposentadoria de “benefício”, não é? Já pensou se a Previdência Privada fizesse o mesmo??
Quer outro exemplo? Entre no site do IBGE e procure por “população”. No canto esquerdo da página há vários Indicadores Sociais, entre eles, quanto à idade da população há dois itens:
“Crianças e Adolescentes” e “População Jovem”. Muito louvável, mas e os mais de 60, onde estão?

E há tantas outras opções para se analisar a questão do envelhecimento, mais produtivas e benéficas para todos os lados. Por exemplo, somos uma geração velha mais saudável, resultado de melhores das condições sociais e dos avanços da ciência. E, portanto poderíamos ter uma participação mais ativa na sociedade. Querem aumentar a idade para a aposentadoria? Que tal premiar quem se aposentar mais tarde e criar mercado de trabalho para quem tem mais de 60. Garanto que muitos, como eu, se aposentaram por estarem permanentemente desempregados.
Assim como há um programa de “Primeiro Emprego” que tal um programa de “Último Emprego”? O País está perdendo conhecimento, sabedoria, experiência por puro preconceito.
E porque não pagar uma aposentadoria justa sem o fator previdenciário? Este dinheiro se reverteria para a própria sociedade, com o aumento do consumo da parcela da população que mais cresce. Sem dúvida a indústria do turismo e do lazer agradeceriam.

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